domingo, 17 de outubro de 2010

Capitulo 11 ♥

Agora que entregara o seu trabalho final, Vanessa pressentia apreensi­va que a fase mais dura apenas começava.
Que passaria com folga, ela não tinha nenhuma dúvida. Dedicara-se com empenho ao curso desde o primeiro dia, apresentara quase todos os seus trabalhos dentro do prazo e se destacara na classe. To­davia, a coordenadora do curso, uma mulher ativa, sempre bem arrumada, não podia ter sido mais franca. Marketing era uma área compe­titiva, e, mesmo com as melhores notas do mundo, Vanessa não tinha experiência profissional.
As duas agências de emprego que Vanessa visitara na semana que tinha passado lhe disseram mais ou menos a mesma coisa, mas de uma forma um pouco mais atrativa.
Vanessa se consolava com a idéia de que uma semana não era muito tempo quando se tratava de achar um trabalho.
De uma forma menos racional, também era um alívio que a ansie­dade da procura de um emprego lhe ajudasse a afastar dos pensamen­tos a distração perigosa chamada Zac Efron e o precipício em que ela quase se jogara naquela noite.
Naquele momento pelo menos ela podia relaxar. Tinha uma noite de folga, sem a presença de Frankie em casa.
Ele tinha dedicado um silêncio raro ao tópico curso terminado, mas compensado a trégua por passar a maior parte do tempo longe de casa.
Passados dois dias ela perguntou sobre o seu paradeiro e Frankie respondeu com a sua típica agressividade.
Vanessa tirou os sapatos e deixou que a paz da casa vazia a tomasse. Ponderou sobre ligar a TV, mas avaliou se realmente precisava se bombardear com os típicos programas de domingo à noite na televi­são e decidiu que não.
Mais fácil se esparramar na poltrona, de olhos fechados, e deixar a mente vagar.
Um pouco perturbador que os pensamentos vagassem muito mais por Zac Efron do que por Frankie, mesmo que houvesse um milhão de coisas que ela precisava tratar no seu namoro, coisas que não podiam mais esperar.
O que Zac estava pensando sobre ela?
Vanessa simplesmente fugiu do apartamento luxuoso. Levou na ca­beça o instante de surpresa gravado no rosto moreno dele, diante da revelação que ela fizera.
A imaginação de Vanessa não parava de especular sobre a impres­são que ela deixara. A repulsa que Zac deveria ter sentido ao pen­sar que Vanessa respondera ao seu charme, quando não se encontrava em situação para tal. Ela teria feito jus às piores expectativas dele, confirmado a suspeita de que não passava de uma garçonete de casa noturna que se fazia de difícil. Talvez ele até considerasse a possibi­lidade de que ela posara de moralista para tentar fisgá-lo.
A campainha tocou e interrompeu as especulações de Vanessa.
Ela hesitou. Levou alguns segundos para registrar que não poderia ser Frankie, pois o namorado tinha uma chave da porta. Aliviada com a conclusão, ela levantou-se para atender.
O alívio durou exatamente os segundos que Vanessa precisou para abrir a porta. Relaxada, escorada no vão de entrada, a pessoa que ela pensava que não iria ver de novo. Nunca mais.
— O que você está fazendo aqui? — A contrariedade deu o tom à pergunta, mas o coração dela traiçoeiro saltava ao vê-lo. Desta vez, vestido de modo casual e ainda mais bonito. Calça creme, gola social creme, surgindo de debaixo da suéter. As cores da vestimenta desta­cavam a pele morena, diferente das roupas escuras de trabalho. Vanessa precisou se esforçar para não revelar o seu encantamento.
— Eu decidi fazer uma visitinha para avaliar o meu rival — res­pondeu Zac indo direto ao assunto, aproveitando-se da perplexi­dade dela para entrar sem ser convidado.
— Você o quê! Você está louco? Como você descobriu onde moro? Não, me deixe adivinhar. Harry contou!
Ele andou descontraído rumo à sala, examinou a escada estreita que havia no caminho e agora olhava em volta, interessado e sem nenhum constrangimento.
— Hmmm. Interessante composição de cores. De certa maneira, eu a associava com algo bem mais sóbrio, estiloso. — Finalmente, ele virou-se para encará-la. Como ela conseguia ficar tão atraente num short folgado e numa camiseta grande a ponto de esconder cada curva do seu corpo? — E então? Cadê o namorado?
O tom de voz dele era leve mas seus olhos, não. Vanessa pôde deci­frar a mensagem no olhar de Zac. Ele vinha cobrar explicações sobre a falsidade dela, dizer o que pensava dela. Besteira aquele ne­gócio de checar o rival.
— Ele não está. E o nome dele é Frankie. Você não pode ficar aqui. Se Frankie chegar, ele vai...
— Ele vai... O quê?
— Olha, se você quer que peça desculpas por... por não ter dito antes, tudo bem. Me desculpa. Eu deveria ter contado a você desde o começo.
— E por que não o fez?
— Por que não fiz o quê? — reagiu Vanessa. Na presença de Zac, a sala se tornava um cenário feio, bagunçado e mal conservado. Não era de admirar o comentário jocoso dele sobre a falta de estilo.
— Uma xícara de café seria ótimo. Sem leite e sem açúcar.
— Você não pode ficar aqui para uma xícara de café! Você nem deveria estar aqui! Isso não vai ficar barato para Harry! Dando o meu endereço de casa para qualquer um!
— Eu não sou qualquer um — replicou ele friamente. — Eu come­ço a suspeitar de que você está com medo desse seu namorado. — Certamente, ela não estava apaixonada pelo cara, pois não teria se mostrado tão atraída por ele, Zac, na última vez em que se encon­traram. Zac passara a última semana irritado consigo mesmo por ter sido passado para trás, furioso por não conseguir tirá-la da cabeça e, finalmente, concluindo sem piedade que era mais do que justifica­do ele se dedicar ao máximo para seduzi-la, uma vez que ela houvera lhe dado corda.
— Ele bate em você? — indagou ele, sem perdê-la de vista.
— Não seja ridículo! Claro que ele não me bate! Você acha que algum dia ficaria com um homem que levantasse a mão para mim?
— Então o que você está fazendo com ele, pois com certeza abso­luta você não o ama.
— E como você sabe isso? Após duas ou três conversas comigo, você se sente de súbito qualificado para tirar conclusões sobre a mi­nha vida pessoal?
— Responda rápido: o que você está fazendo aqui com um homem que você não ama, quando o que você preferiria era estar comigo?
— Você é um canalha arrogante! Você sabe disso, não sabe?
— Sei, mas eu gosto de ouvir você dizer.
Ela suspirou profundamente e desistiu.
— Eu preparo um café, e em seguida você vai embora. Estamos de acordo?
— Não, mas aceito o café, de qualquer modo.
Zac a seguiu de volta pelo pequeno corredor e dali para a cozi­nha. Vanessa podia senti-lo atrás dela, o que provocava uma pane no seu sistema nervoso.
Ela se acostumara com aquela casa. Naquele momento, no entan­to, Vanessa enxergava o ambiente com os olhos dele. Zac possivel­mente nunca estivera em uma moradia tão pequena e descuidada.
A cozinha não melhoraria muito a sua impressão.
Quando Frankie e ela se mudaram, Vanessa se entusiasmou em fa­zer algo no lugar. Afinal de contas, eles não estavam mais alugando. A casa pertencera aos pais dele, uma ex-moradia do governo, que sofria da falta de reformas essenciais. A vida contudo a desanimou. Primeiro a depressão do namorado, depois que um câncer de pulmão matou a mãe. Ela deixou a casa, as lembranças, mas infelizmente nenhum irmão com quem pudesse dividir a dor da sua morte. Depois Frankie sofreu o acidente e caiu em decadência. Recentemente ela ficou sem tempo, equilibrando-se entre empregos e estudo.
Vanessa tinha a cabeça empinada ao entrar na cozinha, ligar a cha­leira elétrica e apanhar duas canecas.
— Eu posso ver o que você está pensando. Não precisa deixar tão óbvio — disse ela, de braços cruzados para simular uma distância entre eles, dada as dimensões da cozinha.
— No que estou pensando?
— Você está pensando na casa miserável em que vivo. — A água na chaleira ferveu. Ela deu as costas a ele e começou a preparar o café, com as mãos trêmulas.
— Por que você não se muda? — Aquela era a pergunta. Se fosse um pouco sabida, Vanessa desconfiaria de que ele não se referia à casa, mas ao homem com quem ela dividia o lugar.
Pensar no tal namorado já fazia Zac se roer de ciúme. Ciúme primitivo, monstruoso. Um sentimento que, se até então nunca tinha sucumbido na vida, agora o vinha desnorteando.
— Tente adivinhar. Por que no meu lugar você não mudaria? Aqui está o seu café. — Vanessa sentou-se na cadeira de pinho, junto à pequena mesa. — Você pode sentar se quiser.
— Dinheiro? É por isso que você mora aqui?
— Não pagamos aluguel. A casa era dos pais de Frankie. O pai dele morreu quando ele tinha 12 anos, e a mãe deixou o imóvel ao falecer pouco tempo atrás.
Zac sentou-se e se pôs a observá-la. Ele desejava que ela lhe contasse tudo, falasse da casa, do que sentia pelo cara. Amor não era, pois aquele lar não transmitia amor. Nenhuma foto dos dois nas pare­des ou sobre os móveis. Nada que aparentasse ter sido comprado com esforço e afeto.
— Você entregou o seu último trabalho? — Ele surpreendeu Vanessa com a mudança de assunto, permitindo que ela relaxasse um pouco.
— Na sexta-feira.
— Você não saiu para celebrar?
— Num domingo? — Não houve festa nenhuma. Ela foi trabalhar como de costume. Voltou para encontrar a casa sem ninguém, e Fran­kie só retornou na hora do almoço do dia seguinte.
— Você não me disse onde está o seu namorado?
— Ele foi... Ele saiu com alguns amigos. Está no bar da esquina, acho. — Vanessa olhou para o lado com uma cara que entregava a história toda.
— Ele passa um monte de tempo no bar, não passa?
Vanessa se aterrorizou com as lágrimas que lhe vinham aos olhos e trincou os dentes para interromper o trajeto delas. Não choraria. Ela parará de chorar há muito tempo e não daria àquele homem tal privi­légio.
— Você não entende. — Vanessa respirou profundamente duas ou três vezes e levantou os olhos para Zac. A inesperada expressão de compreensão dele quase a fez ruir. — Para você, tudo está bem. Você não sabe o que é abrir os olhos de manhã com a certeza de que terá um dia de sacrifício. Às vezes, é mais fácil simplesmente desistir e seguir o caminho mais simples para lidar com as coisas. Quase sempre esse caminho é o que leva ao bar mais próximo.
Zac não disse nada. Ele continuou brincando com a caneca, sem tirar os olhos dela.
— Um monte de gente enfrenta uma vida de sacrifícios. Um mon­te de gente não nasce em berço de ouro. Mas a maioria não vira alcoólatra.
— Frankie não é um alcoólatra!
— Por que você o defende? Você trabalha numa casa noturna porque precisa do dinheiro. O que me leva a concluir que você preci­sa pagar as contas porque o seu namorado não trabalha.
Apesar de transtornada de raiva, Vanessa não tinha como contestá-lo. Zac falara de forma implacável a pura verdade.
— Ele... Ele vai conseguir um.
— Entre uma ou outra visita ao bar com os amigos? — Zac deu gargalhada cruelmente, e notou o nervosismo dela. — Você tem cer­teza de que ele está com amigos?
— O que você quer dizer?
— Você sabe o que eu quero dizer?

continua....

ESPERO QUE GOSTEM!

4 comentários:

  1. perfeito!!!!!!!!!!!!
    mais q perfeito!!!!!!!
    explêndido!!!!!!!!!!!
    posta mais e mais e mais!!!!!!!!!!
    OMG!!!!!!!!!É MARAVILHOSA A SUA HIST!!!!!!
    AMOOOOOOOOOOOO!!!!!!
    POSTA LOGO ANTES Q EU TENHA UM DERRAME ZANESSAL!!!!!!!!(kkkkkkkkkk)
    BJKS!!!!!!!!!!

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  2. nusss e eu...aqui na expectativa kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    E nada?
    KKKK! Realmente ó zac concordo contigo! Perfeita fic.
    PEREEITAMente linda!
    Nuss Vanny!
    SHIRIBA, para de se fazer de dificil shiribinha do meu heart!
    Mas que eu tava aqui toda louca pensando que...Enfim kkkkk
    Tipo...Zanessa essa essa
    Eu quero romance...ance ance.
    Eu quero eles juntinhos...Inhos..inhos...
    To fazendo dancinha ridicula dicula dicula...
    Ta eu vou parar ar ar ar
    Ok Parey.
    UFf UFf respira...Pelo amor de God, posta amanhã! Vou ficar esperando ...ando ..ando...
    nananana....
    aca aca aca o Frankie é um babaca.
    oka oka eu to ficando loka
    eito eito...o zac é perfeito.
    ogo ogo ...vanessa agarra ele logo.
    u_u Parei!
    Bjo...Posta mais.

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  3. lindo , perfeito , incrível, entre outros adjetivos bons *-*
    to preocupada com que o Zac vai falar, será que ele vai falar para a Vanessa que o Frankie ta traindo ela? O.O
    espero que o Zac ea Vanessa fiquem juntos logo, eu amooooo essa fic , ela e incrível, sensacional
    posta mais
    beijos.

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  4. MUITOOO BOMM!
    QUERO ELES JUNTOS LOGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!
    SUPER ANCIOSA!
    POSTA LOGO!
    BJSS

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