domingo, 17 de outubro de 2010

Capitulo 12 ♥

Os dois se entreolharam por alguns segundos de tensão. Vanessa ficou em pé e virou-se de costas para ele. Na pia uma pilha de pratos sujos. Ela começou a lavar a louça na esperança de que as suas mãos não estivessem tremendo a ponto de derrubar algo.
— Não há uma outra mulher.
— Você está certa disso?
— Por que você veio aqui? Para arrancar um pedido de perdão? Você não precisa fazer isso. Eu já pedi desculpas.
— Me veio à cabeça a idéia de que você e o seu namorado talvez estejam conspirando contra mim. Quem sabe o casal não deduziu que se você fosse capaz de me enrolar, seria apenas uma questão de tem­po para começar a tirar dinheiro de mim? — Zac não ventilara nenhuma hipótese como esta, mas queria jogar lenha na ira dela, forçá-la a cuspir a fúria e assim cuspir também os sentimentos, pois a imagem dela o havia atormentado durante toda a semana.
Vanessa voltou-se para ele como se em estado de choque.
— Isso foi a coisa mais... mais... horrenda que você já me disse! Como você ousa?
Ela caminhou em direção a ele com o pano de prato em uma das mãos cega de raiva. Zac desejou puxá-la com força, colocá-la no colo e arrancar com um beijo aquela expressão da face dela.
— Eu sou um homem extremamente rico. Riqueza traz suspeita.
— Então lamento muito por você, lamento demais!
— Não seria a primeira vez que sou perseguido por uma merce­nária.
— Se eu me lembro bem, você é quem está perseguindo aqui! — Vanessa estava de pé, de frente para ele sentado na cadeira, e curvava-se para confrontá-lo.
— É verdade, mas talvez você seja uma oportunista engenhosa que sabe aproveitar uma chance quando essa se apresenta...
— Você é... Você é...
— Alguém acostumado a ler os motivos atrás de cada ação...
— Eu não estou interessada no seu dinheiro estúpido! E nunca armaria um golpe com ninguém!
— Nem mesmo com o homem que você defende de modo tão eloqüente, nem mesmo com o homem que você ama?
— Eu não amo Frankie! Eu posso até morar com ele, mas não o amo.
Ele ouviu Vanessa tomar fôlego, para que o cérebro dela processas­se o que ela acabara de admitir. Zac não podia estar mais satisfeito. Ele deu um meio sorriso e com as duas mãos segurou o rosto dela.
— E nunca acreditei, nem por um momento, que você fosse uma mercenária...
— Você me enganou. — Vanessa se afastou dele e, em vez de irri­tar-se ainda mais, sentiu uma certa admiração pela inteligência com a qual ele a envolvera. Sentou-se de novo diante dele.
— Me diga por que você mora aqui com ele.
— Porque... Porque eu não tenho dinheiro para morar em outro lugar. Não. Não é por isso. Pelo menos, não é só por isso. — Ela o fitou daquela maneira desconfiada, com os olhos entreabertos, com a qual Zac já se acostumava.
— Então por que é? Me diga?
Vanessa olhou para baixo, para as mãos que tinha apoiadas sobre a mesa. Espiou Zac de relance antes de começar a falar:
— Nós crescemos juntos. Quando éramos adolescentes, saíamos juntos. Frankie sempre foi o cara que as garotas paqueravam. Bonito, atlético... — Vanessa sorriu, e Zac se segurou de raiva por esse homem, mesmo em retrospecto ser capaz de fazê-la a sorrir.
— Ele ia ser um jogador de futebol. Isso foi o que ele sempre quis. Ele jogaria por um time grande, faria fortuna e realizaria o seu sonho. Contudo, quando ele tinha 19 anos a mãe morreu, e Frankie ficou arrasado. — Vanessa ainda não desviara o olhar dos seus próprios de­dos sobre a mesa. Sentia-se como se falasse consigo mesma, mas nunca poderia ignorar os olhos Azuis atentos a observá-la. — Nessa época, eu já pensava em deixá-lo. Eu avaliava que me tornara mais madura do que ele. Eu ainda gostava dele, mas... — Isso era uma coisa que ela nunca admitira, nem mesmo para si própria.
— Mas você não queria abandonar os próprios sonhos — comple­tou Zac, sem perturbar a atmosfera. Ele a viu concordar com a cabeça, num gesto lento.
— Eu não podia deixá-lo quando ele mais precisava de mim. Eu adiei o curso para o qual eu havia passado e continuei com o meu trabalho. Os pais dele compraram esta casa do governo anos atrás. Nós nos mudamos para cá. — Vanessa soltou um longo suspiro. — Eu acho que vou tomar algo — cortou ela. — Você quer?
Zac balançou a cabeça negativamente. Vanessa abriu a geladeira, fez uma careta e pegou uma cerveja.
— Eu normalmente não bebo isso — comentou ela, sentando-se de volta e abrindo a lata. — Mas... — Vanessa deu de ombros e encheu a boca de cerveja, diretamente da lata. Enquanto bebia vigiava Zac, o que o levou a concluir que Vanessa apenas encenava para ele. Mais uma pequena encenação para deixar claro que ela não era o tipo de mulher que bebericava a sua cerveja em um copo, ou que ela era o tipo de mulher que, sim, bebia cerveja.
Zac tinha que tirar chapéu para ela. Mulher como essa ele não havia ainda conhecido.
— Vocês se mudaram... — Zac deu a deixa delicadamente.
— Nós nos mudamos para cá. Durante um tempo funcionou. Mas um dia ele saiu para beber à noite e sofreu um acidente. Ele não estava dirigindo. Nada sério, não envolveu nenhum outro carro...
— O que aconteceu?
— O carro saiu da estrada, rodou, e a lateral do veículo bateu numa árvore. O problema é que... ele machucou uma das pernas. — Vanessa tomara somente um gole e não queria realmente beber mais do que aquilo. Precisava somente do impulso. Além disso, ela abominava o hábito de beber cerveja direto da lata. — Não feriu muito, mas o bastante para terminar com as esperanças de ser um atleta profissional.
— Um golpe duro. — Zac não necessitava de mais explicações para deduzir o que ocorrera depois, mas ela não se esquivou e seguiu com a história, pensativa, no mesmo tom baixo de voz. A inevitável decadência, raiva e frustração dele, e a pena que a amarrava ao namo­rado.
— Como você vê, estou aqui por muitas razões e, não simples­mente pelo fato de que não tenho dinheiro para pagar um aluguel.
— Você pode aplicar o dinheiro que utiliza para sustentá-lo numa moradia só para você...
— E como ficaria Frankie?
Zac teve ímpetos de sacudi-la para que Vanessa acordasse para a vida. Em vez disso, ele respondeu suavemente:
— Ele daria um jeito, eu imagino, porque ele teria que se virar. A necessidade de sobreviver sem a sua ajuda poderia ajudá-lo a se livrar da necessidade de afogar as mágoas na bebida.
Vanessa ficou de pé, e Zac percebeu que as persianas dela de novo se abaixavam; ela se fechava. Ele era o milionário e ela, a garota esperta, formada nas ruas. Zac não tinha nenhuma dúvida de que Vanessa cruzara antes com garotos endinheirados. Já deveria ter sido alvo de meia dúzia deles, pois era muito atraente, e desenvolvera um talento para ignorar abordagens, recolher-se.
— Eu o acompanho até a porta? — Ela esperou até que ele se levantasse. Em seguida, Vanessa caminhou rumo à saída. Já na porta, deteve-se para que Zac lentamente terminasse o percurso pela casa. — Você conseguiu. Pode ir embora tranqüilo, ciente de que não corria o risco de ser seduzido a gastar os seus preciosos milhões com tipos como eu.
— Com tipos como você... — murmurou Zac, recostando-se na porta e curvando a cabeça para encará-la. — Eu posso ver por que o seu namorado acabou se refugiando numa bolha... ou seja lá em que ou em quem ele se refugia... mas por que você guarda tanto ressenti­mento?
— Eu não guardo tanto ressentimento.
— Claro que guarda, ressentimento do tamanho de um bonde.
— Porque eu não quero por livre e espontânea vontade ir para a cama com você?
— Porque você não desiste de me mostrar que as fronteiras entre nós são intransponíveis.
— Elas são. — Vanessa podia ouvir o medo na sua voz e torceu para que ele não percebesse.
— E com esse Frankie? Vocês cresceram juntos, mas nem por isso o relacionamento deu certo.
— Ele precisa de mim.
Eu preciso de você, reagiu imediatamente o raciocínio de Zac. O pensamento provocou-lhe um estremecimento. Precisar? Necessi­dade nunca constara das relações dele com o sexo oposto. Desejo sim. Vontade, afeto, mas nunca necessidade, e, certamente, nunca amor como ele havia descoberto à própria custa.
— Você é a babá dele.
— Isto é mentira!
— Evidente que não. Ciscando em volta dele, relevando as falhas dele e abstendo-se de viver.
O dedo em riste acusador provocava nela mais do que dúvidas agora. Golpeava-lhe a consciência como um objeto cortante.
— Eu não estou deixando de viver! Eu acabei de terminar o meu curso!
— Para o qual, eu presumo, o seu amado Frankie lhe deu toda a ajuda e o apoio generosos de que você precisava. Confere? — A respos­ta estava escrita no rosa delicado que invadira as bochechas dela.
— Ele... Ele tem os seus próprios demônios para exorcizar — murmurou ela, baixando os olhos para evitar a conclusão fria dos dele.
Vanessa gostaria que Zac saísse de frente da porta, pois assim ela a abriria e poria um fim naquele horrível destrinchar das suas intimidades. Zac, porém decerto não pretendia ceder terreno.
Até quando, Vanessa perguntou-se.
— E você vai ficar com ele até que ele os exorcize? — perguntou Zac friamente. — Seja lá quanto tempo isso leve? É melhor você rezar para que nenhuma outra tragédia caia sobre ele, caso contrário você pode acabar envelhecendo na companhia de um homem que você esqueceu como amar. A comiseração não serve de base para nenhuma relação.
Vanessa levantou os olhos pronta para a briga. Quem sabe o con­fronto não alivie o peso da verdade que Zac a obrigava a engolir, como se ele pudesse saber tudo sobre tudo.

Continua...

Tainá:Oiie nina só parei na melhor parte pra deixar vooce's querendo mais akkkk..tó sim nina postando dois cap... espero que goste desse :D

Bella:Oiie nina EUri coom seu comentario akkk FAIXA ETÁRIA DE 16 ANOS. espero que goste desse CAP. :D

ღღzanessaღღ : Oiie nina SEJA BEM VINDA! concordo com vooce VANESSA tenke que se livrar de frankie LOGO espero que goste desse cap. :D

JelFran: Oie nina vooce e nova né ..eu acho akkk bem que BOM que vooce comenta no meu fiko muito feliz, espero que goste né :D

♪Lary♥ :Oiie nina akkkk tambem vó pegar essa de respirar fundo 1,2,3 akk amei, UAU que tanto elogio :D que isso nina entra no monitor e meio dificil akkkkkkkkkkaaaaaaaaaaaa espero que goste em :D

Guii:Oiie e menino ou menina fikei meio confusa quando ví guii ..desculpa ! bem obrigada nina SEJA BEM VINDA! espero que esteja sempre comentando :D

Clara:Oiie nina akkkkkkk eu acho que ela nao vai fugir akk briki's vai tenke ler pra descobri ne akkk espero que goste :D SEJA BEM VINDA!

Beatriz:
akkkkkkkkk eu ri com se comentario POxa vanessa ela só e loukinha akkkkk espero que goste e SEJA BEM VINDA!


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Oiie nina tha ai mais um Cap. espero que goste Terça-feira mais 2 cap. Beijokas Amo vooce's ♥
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Escritora:Cathy Williams "escritora" Joyce "digitei" os nomes dos personagens ♥,

Meus amores espero que gostem!
Amo vooce's




COMENTEM!

6 comentários:

  1. AMEIIIIIIIIIIIIIIIIIII!
    POSTA LOGOO!
    CAPITULO TENSO ENTRE ELES!HIIIII
    FAZ ELES FICAREM JUNTOS LOGOO!
    BJSS

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  2. Hahahaha, Zac joga duro com ela, mas vamos combinar que ela merece!

    Sua história é muito boa!

    O capitulo ta lindo!

    Posta logo amoree!

    Beijinhos*-*

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  3. kk é gui mesmo menino diferente nao !? kk vdd mas gosto de ler historias e pode deixa q sempre vou estar comentando =D

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  4. Zac é espertinho...Conseguiu com q ela admitisse que nao ama o frankie...que é uma....Arghhh!
    Fala sério...
    E ela fica com pena dele....Hello...Acorda querida...o Frankie não é nenhuma criança...tudo bem q ele sofreu um pouco...mas onde está a sua vida? onde fica seus planos, seus sonhos?
    Onde fica a sua felicidade?
    Bem...Ela fica com o Zac né? Então boba...se atira nos braços dele cm eu sei q vc quer fazer...
    Rum!
    Adorei esse cap...!posta mais...Primeira vez sem meus exercícios de respiração...kkkk
    bjo.

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  5. Isso mesmo zac, arranca a verdade dela e faz ela largar o frankie.
    tá na cara que o zac e a vanessa vão se apaixonar neh, se é que isso ainda não aconteceu,
    tá d++
    posta logo
    bjokasss

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