segunda-feira, 18 de outubro de 2010

capitulo 13 ♥

— Ah, não? E o que é? Se você sabe tanto sobre relações, eu adoraria saber por que você está sozinho.
Touché, pensou Zac, com uma cara de desagrado. Enquanto a observava, imaginou como ela reagiria se ele se aproximasse e a envolvesse nos braços. Isso era o que tinha vontade de fazer. Isso e muito mais.
—Temos aqui um caso de eu-te-contei-a-minha-vida-agora-você-me-conta-a-sua!
— Pelo menos seria justo, uma vez que você dedicou a última hora pregando sobre os meus erros e problemas.
— E qual seria o meu incentivo para contar? — Evidentemente, Zac não tinha a menor intenção de enveredar por aí, mas a alterna­tiva a isso seria liberar aporta da casa por ele bloqueada, coisa que também não pensava em fazer.
— Jogo limpo?
— Conceito interessante.
Este não era o confronto que Vanessa havia tramado. Tratava-se de um flerte ainda mais perigoso por estar subentendido. Cada nervo do corpo dela encontrava-se de prontidão, à espera da iniciativa de Zac. A agressiva garota eu-posso-tomar-conta-de-mim-mesma-muito-obrigada dava lugar a uma irreconhecível e insensata me-beija-agora, transformação que a deixava zonza.
— Eu tenho como regra não fazer confidencias aos outros. — O sorriso de escárnio de Zac a excitou e a contrariou ainda mais.
— Mesmo? — certificou-se Vanessa, sem forças.
— Mesmo. As pessoas têm o hábito maldoso de guardar os segre­dos para usá-los contra você num encontro futuro.
— Não haverá nenhum encontro futuro, logo os seus segredos estarão seguros comigo.
— Você precisa me tentar um pouco mais.
— É? E o que você sugere que eu faça? — Pergunta idiota. Ele havia a conduzido direto para a emboscada. O que Zac queria que Vanessa fizesse estava cristalino no olhar indolente dele. Pior ainda era que a mensagem ia ao encontro do rasgo quente de desejo dela. — Não. Eu já disse que não estou disponível...
A frase ficou em suspenso, pois a sua boca procurou a dela, e, ca­ramba, foi excelente. Vanessa fez menção de empurrá-lo antes de gemer interiormente e retribuir o beijo com um tremendo entusiasmo.
As mãos dela ziguezaguearam pelas costas dele até a nuca; os dedos entre os cabelos pressionaram Zac contra ela, enquanto a boca respondia à língua intrometida de Zac.
As posições de ambos se alteraram. Zac se moveu da porta sem que a sua boca abandonasse a dela, para escorá-la contra a parede e ali confiná-la entre os braços. As mãos ansiavam percorrer cada canto dela, mas ele sabia que seria prudente domar os instintos naquele momento.
Zac contentou-se em senti-la derreter ao toque dele e em ouvir os gemidos curtos e suaves que o deixavam louco de desejo.
Quando eles finalmente se desgrudaram, os dois estampavam caras de atordoados.
— Me diga aquilo de novo? — exigiu Zac numa voz que derre­tia gelo. Ele brincava com o cabelo dela, prendia mechas atrás das orelhas e enrolava outras nos próprios dedos.
— Dizer o quê?
— Que você não está disponível para... ficadas? Era isso que você ia dizer?
— Você não é bom para mim — resmungou Vanessa. — Eu sei que você acha que as fronteiras entre as pessoas não são instransponíveis, e talvez não sejam mesmo, mas do jeito que vejo as coisas seria a garçonete do magnata, e tudo entre nós pareceria sempre uma farsa.
Zac reprimiu o impulso de esbravejar contra tamanho contra-senso. Eles se desejavam. A linguagem dos corpos dizia tudo. Não era suficiente?
— Você não pode ficar aqui — afirmou ele, em vez de liberar a angústia. Tinha a voz vacilante de quem continha as emoções.
— Eu não posso deixá-lo. Agora, não.
— E enquanto isso abro mão do que nós temos...
— Nós não temos nada.
— Correção: do que nós poderíamos ter.
— Você aprendeu a nunca confidenciar, e aprendi a nunca especu­lar. — Enfim, Vanessa recuperava o mínimo de autocontrole, mas a proximidade dele ainda sufocava. Ela se contorceu, e Zac imedia­tamente se afastou.
A expressão no rosto dele era pesada de desaprovação, e Vanessa não pôde evitar que o olhar de Zac mais uma vez a excitasse. A realidade porém a cerrou de novo. Frankie. Emprego. Servir mesas em trajes sumários para ganhar a vida. E aquele homem, que não precisaria de mais de um minuto para conquistá-la e que era incom­patível com ela em todos os aspectos.
— Vá.
— Isto não é o fim.
Vanessa fez o tradicional gesto evasivo com os ombros. Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, qualquer coisa, mas nada saiu, pois ambos escutaram ao mesmo tempo o ruído da chave na porta. Vanessa virou-se para a entrada, com Zac irrequieto a observá-la.
O que diabos ela estava pensando? Que Frankie nunca voltaria? Ela estava tão envolvida com Zac Efron que se esqueceu por completo da realidade?
Aí chegava a realidade, Vanessa afirmou a si mesma com rigor, e não se esqueça disso.
Cambaleante, Frankie entrou em casa com o tradicional olhar be­ligerante, adotado sempre quando bêbado e o comportamento ques­tionado por Vanessa. Demorou um instante até que o namorado notasse um Darius de cabeça erguida e sem aparentar nenhum constrangi­mento com a situação. Aquilo modificou a expressão de Frankie. De bravo para estupefato em segundos.
— Quem é esse cara? — As palavras saíam com dificuldade, mas o cérebro de Frankie ainda operava.
Zac deu dois passos adiante, sem se preocupar em estender a mão para cumprimentá-lo. Tampouco teve a iniciativa de se apresentar.
— O meu substituto. Bom proveito — foi tudo o que ele disse para ela. Vanessa mal olhou para Zac. Como ele pôde?
Partiu. Sem pressa. Por último, fitara com desprezo o inebriado Frankie.

Continua... ->

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Um comentário:

  1. uau gostei dessa zac, muito boa kkk. tenho certeza que agora siim a vanessa tem certeza de que não ama mais o bebado sem valor e que está se apaixonando por um certo homem perfeito de olhos azuis e sorriso deslumbrante.kkkk.
    tá d+
    posta logo
    bjosss

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