Vanessa não embarcou em mais um bate-boca infrutífero com ele. Por agora, ela iria para o apartamento dele e se asseguraria que dormiria no quarto de hóspedes. Amanhã, lhe diria o que tinha para dizer, imporia os seus limites, afirmaria as suas vontades, caso contrário, acabaria fazendo exatamente o que ele queria. Este era o seu maior temor. Seria conduzida a isso não por crer que o casamento era a única ou a melhor opção, mas porque a idéia de passar o resto da vida com o homem que a amava era perigosamente sedutora.
A descoberta das manobras de Zac em relação ao emprego havia feito Vanessa parar para pensar, e ela sabia que ou se agarrava ao que aprendera com o episódio, ou os riscos agora seriam maiores.
Somente ao deitar-se sozinha na cama, uma hora mais tarde, Vanessa começou a sentir a pressão.
Ela conseguiu o que exigira, a solidão da cama do quarto de hóspedes, mas isto estava longe de ter um sabor de vitória. Zac cedeu à menor das reivindicações dela. E ainda assim, por quanto tempo? Ele não retornara ao tema casamento, mas Vanessa não duvidava que na manhã seguinte a ofensiva seria retomada. Pelo menos, ele não tentara tocá-la, pois ela como sempre teria sucumbido aos seus braços.
A angústia lhe tirou boa parte do sono e aumentou quando, durante o resto do fim de semana, o assunto alianças, casamento e papelada não voltou à baila.
Eles passaram o sábado fazendo compras. Não em joalherias, mas em lojas de roupas femininas. Ela precisaria de trajes para gestantes, ele a assegurou. A dedicação dele até a sensibilizaria, se Vanessa não estivesse tão ocupada em se proteger da perigosa rede com a qual Zac ameaçava envolvê-la.
Ele insistia em levá-la ao setor de alimentação da Harrods, determinado a checar se ela já poderia ter desejos de grávida. Vanessa, relutante, acabou achando graça no esforço dele.
Toda a preocupação de Zac não era fingimento. Após o choque inicial, ele se surpreendia por se adaptar de maneira tão fácil à idéia de inserir uma criança em sua vida. Uma criança e uma esposa. Porque Vanessa seria dele. No entanto, concluíra que forçar a situação como fizera no apartamento dela não serviria a nenhum propósito.
Vanessa era obstinada, e o erro dele foi pensar que ela docemente ouviria os seus argumentos e aceitaria a sua proposta. Equivocou-se pelo desespero em tê-la.
Para alguém que cresceu em uma realidade dura, que batalhou para vencer todas as adversidades, Vanessa nutria uma visão romântica de amor e casamento. E essa visão não o incluía. Não ainda.
Zac passaria a maior parte da semana seguinte fora do país. O fato aliviou e ao mesmo tempo desapontou Vanessa. Aliviou-se porque disporia de um tempo só para si para decidir como lidar com o presente impasse. Desapontou-se porque, gostasse ela disso ou não, sentiria saudade dele.
— Eu quero voltar na quinta-feira e encontrá-la aqui... — disse Zac. Ficou claro o tom de alerta dele ao se despedir na segunda-feira pela manhã.
— Certamente, não vou voltar para o meu apartamento, já que você disse ao senhorio que ele não veria mais a cor do meu dinheiro e o ameaçou, insinuando que colocaria fiscais atrás do pobre homem, se ele não melhorasse o estado do edifício. — Vestida também para o trabalho, Vanessa lutava contra o violento impulso de aproximar-se de Zac e beijar aqueles lábios que insistiram em ficar longe dela durante todo o fim de semana.
Zac deve ter lido os pensamentos de Vanessa, porque ele deu um beijo delicado, beijo que evoluiu para um explosivo, faminto.
Com as pernas bambas, Vanessa se agarrou à lapela do paletó de Zac, puxando-o ao encontro dela, para sentir a língua dele invadir cada centímetro possível da sua boca.
Vanessa tremia como uma folha de árvore quando, finalmente, eles se desgrudaram. Ela podia admitir ou não, mas o seu corpo se recordava do dele e o desejava de volta.
Vanessa afastou-se, e Zac ficou muito tentado a segurá-la, antes que ela tivesse tempo para recuar. Entretanto, Zac decidira dar um tempo. Na quinta-feira, ele voltaria e daria um basta nas hesitações dela. Vanessa o desejava tanto quanto ele. Com o beijo, não restava dúvidas. É verdade que ela deixara claro que não o amava, mas, por carregar o filho dele, se casaria, sim.
Ele não mais permitiria que Vanessa passasse as noites no quarto de hóspedes. Até quando iria aquela novela? Daria para ela todo o tempo do mundo para se adaptar à novidade, assumiria um papel de pai coadjuvante e depois veria chegar o dia em que Vanessa arrumaria as malas para seguir com a vida que ele lhe permitira levar? Não. Casamento, cama de casal e uma vida a dois. Tudo poderia ser ajustado, uma vez que esses três pilares estivessem plantados.
Zac há semanas não sentia a satisfação que exibia ao sair para o trabalho. Vanessa, que fechou a porta após a partida dele, não estava nada satisfeita. Pelo contrário, deixava-a furiosa o modo como ele, educadamente, sem remorsos ou maiores reflexões, baixava leis para as quais esperava completa obediência. Não podia continuar morando com Zac, porque ele acabaria passando um rolo compressor por cima dela. O amor de novo a faria de idiota.
Pela primeira vez desde que começou no emprego, Vanessa se pegou distraída no trabalho. Era muito tarde para fugir? Zac a encontraria aonde fosse, e a raiva dele não teria limites. De qualquer modo, ele era o pai do seu bebê, e ela nunca poderia fugir daquela obrigação moral com o filho. Mas deixaria o apartamento dele. Zac só voltará na quinta. Tempo mais do que suficiente para empacotar as suas coisas e ir embora. Não tinha como voltar para o apartamento em Wimbledon. Também não para o que Zac lhe arrumara, pois dali ele a tiraria facilmente. Só restou um lugar. A casa de Frankie.
Às 18h30, de banho tomado, trocada e com o pequeno telefone celular na mão, Vanessa, mesmo sentindo-se culpada, ligou para Frankie. No momento em que ouviu a voz do ex-namorado do outro lado da linha, ela se convencera de que a última coisa que poderia fazer era voltar para a casa dele. Aquela casa, Frankie e tudo que eles compartilharam pertenciam agora a um outro mundo. Desde então, ela dera passos gigantescos, para o bem ou para o mal, e não tinha como voltar atrás.
Contudo, foi maravilhoso ouvir a voz de Frankie, especialmente por ela sentir-se tão frágil. Num impulso, ela o convidou para uma visita, decidida a contá-lo sobre a gravidez. Ele não seria capaz de dizê-la o que fazer. Não tentaria suavizar a situação incômoda. Frankie era acima de tudo uma pessoa prática em lidar com a vida. Sentia-se infeliz e então mergulhara na bebida. Eles não se entendiam mais, e ele então terminara tudo. As soluções do ex-namorado não eram as mais recomendáveis, mas a franqueza dele, a falta de papas na língua, a animaria.
Quando, quarenta minutos depois, Frankie chegou, Vanessa parecia ver um estranho. Ele era mais baixo do que ela lembrava, e o rosto bonito que fizera o coração da menina de 16 anos acelerar não podia ser comparado à beleza agressiva de Zac.
Vanessa piscou, sorriu e se encheu de afeto ao vê-lo. Hesitante, ele estendeu um buquê de flores para ela.
— Você parece ótima, Nessa. — Frankie sorriu e olhou em volta o apartamento luxuoso de Zac. — Este estilo fino de vida combina com você. Eu trouxe isto. — Ele entregou as flores para ela e, admirado, deu uma nova espiada no ambiente, enquanto ela pegava uma cerveja para servi-lo.
— Nada de álcool, querida.
— Você parou de beber!
Frankie a seguiu até a cozinha, pendurando a jaqueta jeans em uma das cadeiras no caminho.
— Tive que parar. Não poderia arrumar um emprego de outra maneira, depois que você fugiu e deixou todas as contas para pagar.
Vanessa virou-se para Frankie e deu de cara com ele sorrindo.
— É, é isso mesmo. Consegui um emprego, você acredita? O velho Bill do bar da esquina arrumou um trabalho para mim com um dos seus fornecedores, e agora não bebo mais, Nessa, eu vendo bebida. — Frankie sentara-se em um dos bancos altos em cromo junto à bancada. — Agora, só bebo nos fins de semana.
— Nada de álcool, um emprego... Você se importa de perguntar por que isso nunca passou pela sua cabeça quando eu ainda estava por perto? — Vanessa se sentiu muito feliz por tê-lo procurado e também culpada por não ter feito isso há mais tempo. Na verdade, isso nem havia passado pela cabeça dela. Zac se apossou dos seus pensamentos, da sua vida, e não havia restado nada para mais ninguém.
Ela preparou um café, sentou-se diante dele na bancada e abriu o coração. Escancarou. Contou tudo. Ela precisava desabafar com alguém e, por mais incrível que pareça, depois de todo o tempo em que eles ficaram sem diálogo, Frankie era a pessoa que a ouvia, fazendo os gestos e ruídos de quem acolhia e compreendia.
— E então? O que devo fazer? — indagou Vanessa, dando-se conta que terminara a xícara de café e que precisava esticar as pernas. Ela levantou-se, pegou a garrafa de água na geladeira e olhou para Frankie, ansiosa.
— Case com o bacana. Eu não vejo problemas, mas você sempre foi muito obstinada, Vanessa. Você mete uma coisa na cabeça e não consegue tirar.
— Eu devo ir embora. Eu sei que devo, Frankie.
— Por quê? Para onde você vai? Nessa deu de ombros e suspirou.
— Seja realista, Nessa, um homem como esse não vai deixar você viver num buraco enquanto tiver o bebê dele na barriga. O cara vai cuidar do que é dele!
— Este é o problema, Frankie. Ele não pode me comprar, e ele não me ama. Eu preciso sair dessa.
— Não, você não precisa. — Frankie deu um suspiro. — Você se lembra quando a gente era criança, Vanessa? A gente ficava na rua como pequenos mendigos, sem modos, uniformes escolares usados. Por que escolher isso para o seu filho, quando você pode ter o melhor?
— Não exagera. Além disso, consegui um emprego...
— Por quanto tempo? — Frankie a encarou, pensativo, e depois baixou os olhos numa rara demonstração de constrangimento. — Você não pode bancar ainda uma casa decente pelo que você me disse. E, Nessa, eu adoraria ajudar, mas tenho um probleminha...
— Eu não estou pedindo sua ajuda. — Mas ele despertou a curiosidade dela. — Probleminha...?
— O seu grã-fino não é o único cara que vai ser papai. — A expressão no rosto de Frankie era de culpa e felicidade. — Na verdade, Nessa, eu estava saindo com uma garota antes de a gente terminar. Ela se chama Shannon. Eu me odiei por tê-la traído, sei que não fui sincero com você, mas não podia simplesmente pedir a você que fosse embora. Perdão, Nessa. — Frankie soltou a respiração. — Ela está morando comigo, e acho que ela não vai gostar se eu oferecer um quarto para a minha ex.
A mente de Vanessa reagiu com surpresa, indignação e alegria. A alegria sobressaiu, e ela sem pensar o abraçou, mais certa do que nunca de que o tipo de afeto que eles por tanto tempo dividiram não existia mais.
E os braços de Frankie responderam ao gesto dela no exato instante em que uma chave abriu a fechadura da porta da frente, e Zac entrou no apartamento.
Continua..
Olá Amores, tha ai mais um Cap.
desculpa novamente a demora,
vó tentar postar outro amanhã.
Vllw, Vllw !!!
Bella, Miga saldades, akkkk
Mais um Cap. seu hehehehe
Gosto, gosto !!!
Bia Morais, esse Cap. e seu nina
espero que goste !!!
Meninas Que ainda Nao tem seu Cap.
Ddedica AQUI fala ai Pra eu dedicar
Beijokas!!!
Meus Amores espero
Que Vooce's Tenham Gostado do Cap.♥
COMENTEM!
Primeira a comentar :D
ResponderExcluirAmei o cap!
Posta logo!
Nessa tem que parar de tentar figir de Zac!
Brigadinha pelo cap! ADOROOOO
Beijinhos*-*
OMG
ResponderExcluirZAC VAI DAR UM PITI KKKKKKKK
VAI ENLOUQUECER DEVES
AMEI O CAPITULO POSTA RAPIDO
BJS DA JEL
O CAP TA PERPHO!!
ResponderExcluirPOSTA LOGOO!
QUERO LOGOO ZANESSA!
NÃO ME MATEE DE CURIOSIDADEE!
BJSS
Nuss!
ResponderExcluirO zac entrou logo na hora do abraço?
Fala sério!
Tenho até medo do que ela vai fazer!
Espero que a vane pare de fugir logo do zac. Essa expectativa tá me matando!
kkkkkkkkkkk
Tá lindo o cap
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Bjos amorê
OMG, o zac vai ficar é furioso quando ver o frankie na casa dele.
ResponderExcluirserá que ele ama mesmo a vanessa? queria a resposta dessa pergunta
bjossss
tá incrivel
ain pq vc fez isso to super curiosa
ResponderExcluirposta logo